sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Dualidade, dualidade, dualidade


A humanidade que se procura compreender, viver e expressar, desde sempre que se questiona "quem somos, de onde viemos e para onde vamos".
A história da humanidade revela muitas opções, muitas ideias e opiniões e apresenta diversos factos para comprovar, para justificar a posição adotada.
A religião organiza-se para suprir essa questão, tomando as rédeas da verdade divinizada.
A sociedade desprende-se de valores morais e espirituais e cinge-se ao poder material ou poder autoritário, competitivo e ambicioso do ser humano.

Porem, será importante estar ciente de que o ser humano busca a sua verdade, a sua felicidade e que esta é tao distinta e individual quanto a sua própria impressão digital, aquela que marca a individualidade no mundo material. Não conheço relatos de se desejar possuir a impressão digital de outrem pela identificação com os seus valores interiores, de um mundo que todos, mesmo que remotamente, sabem, sentem existir, mas apenas pelo seu poder na sociedade.

A dualidade faz parte integrante deste mundo de matéria em que vivemos, deste planeta habitado por seres com um corpo, com sentimentos, emoções, desejos, sabedoria, valores, com uma mente e um espirito. Partindo desta verdade: somos matéria, espirito e mente (cognitiva e emocional). Muito vamos percebendo como dualidade, como pontos opostos. E é bastante confortante uma verdade quase inquestionável " no meio está a virtuosidade, o equilíbrio. E nesse meio estará a felicidade de muitos, pois o equilíbrio, mental, emocional, psicológico é uma bênção.

Ao longo de muitas observações de mim e de outros vou percebendo que o equilíbrio pode resultar da capacidade de trazer à nossa mente a possibilidade de nos transportarmos para o lugar/tempo de outra pessoa. Percebendo os seus valores, os seus sentimentos e emoções. Com a certeza de que energeticamente pertencemos a esse todo. Mesmo do outro lado sabemos que aquele é um existir tao valido e divino como o nosso. Tornarmo-nos conscientes do sentir dos outros e de nos próprios dá-nos a todos imensa liberdade. Não precisamos de parecer, basta Ser e o ter é um adorno como os enfeites desta época de Natal.
(O espirito é cultivar o Amor e Respeito e existem tantas provas de que o ter é acessorio, importante é abrir o coração para expressar o momento deixado como marca na humanidade há tantos séculos.)

A dualidade também existe no eu e no tu/outro e o equilíbrio será um nós consciente, respeitador e amoroso.

Cuidando do nosso interior, nutrindo o sentimento e energia de Amor, tudo fica de portas e janelas abertas para a sua expansão." Nascemos para amar" disseram  muitos poetas e muitos mestres e a vida é a expressão desse amar.

Torna-se um pouco evidente, pelo menos para mim, que para se conseguir equilibrar temos de vivenciar essa dualidade.

Para saber o que é a saúde, teremos que experienciar a doença, e consciente perceber os mecanismos e processos materiais e não materiais que nos circundam a mente, o corpo e o espírito. Saber unificar o interior e o exterior alterando o paradigma, pois o poder pertence a cada um e vem de dentro, da chama divina que cada um possui, daquela que foi concedida pela energia fonte, pelo criador, por deus ou o ser maior que todos sabemos que deve existir.

Todos somos filhos de deus e a maior bênção que recebemos foi o sopro Divino, a vida no respirar e a capacidade mental que nos condiciona ou nos liberta, dependendo da nossa vibração/essência. Torna-se imperioso a procura dessa energia e colocar toda a vida material ao serviço do sentir interior.

Fazer um zoom sobre as nossas atitudes, as mais marcantes e perceber de que são feitas? Amor? Compreensão? Comparação? Competição? Abandono? Respeito? Tantas... tantas e assumir o nosso vibrar mais intenso.

Atribuir com lucidez valor àquilo que para nós é valioso e saber viver de acordo com essas prioridades no espaço e tempo em que elas fazem sentido. O ser humano é um ser livre e em constante evolução, como vibra energia de mudança, de alternância, de aventura, de liberdade de ser quem é todos os dias.

A dualidade pode ajudar-nos a compreender, a aceitar, a olhar por outro filtro tudo e todas as ações que materializamos no nosso viver.

Criar em nós um sentimento de amor e paixão pela nossa existência é um objetivo tão nobre, um ponto de inicio, de começo.

E assim se espalha o espírito de Natal....




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